Renato Tarachuk, internado na UTI do Hospital há 10 meses e Fernanda Nalon, se casaram em uma cerimônia simples e disseram sim diante do Pastor Eduardo Mella Provoste. O noivo foi baleado na nuca durante uma tentativa de assalto na cidade de Bituruna, no centro-sul do Paraná. A bala ficou alojada no pescoço, perto da coluna, o que impede os movimentos do corpo, e deixando Renato tetraplégico.
Já estava nos planos dos jovens o casamento, que aconteceria este ano. Mas depois de todo o ocorrido, esse projeto teve de ser adiado e, a princípio, sem data para acontecer. Até que essa história ganhou um novo rumo e seus caminhos mudaram. A partir de uma mobilização em prol do amor e da felicidade do casal, colaboradores de vários setores do hospital se organizaram para concretizar esse sonho.
Foi uma festa completa, vestido de noiva, cabelo, maquiagem, recepção, tudo que um casal tem direito. Médicos, enfermeiros, profissionais da Pastoral, do administrativo, enfim, cada um colaborou com alguma coisa numa grande força tarefa e todos com um objetivo comum, a felicidade dos noivos.
“Para nossa equipe, observamos que toda essa movimentação emanou o Espírito de Família que anima as pessoas e a nossa realidade hospitalar. A pessoa é vista na sua totalidade e não apenas como um doente”, comenta a colaboradora Silvia Novadzki, da Pastoral.
De acordo com a pastoralista, movidos pela espiritualidade, os colegas se empenharam para organizar tudo em um curto espaço de tempo, já que o casamento foi organizado em menos de uma semana.
A todos que estiveram direta ou indiretamente envolvidos em todo esse processo, desde a entrada do paciente naquele fatídico dia de outubro de 2012, até a organização da festa, a sensação de dever cumprido e ao jovem casal, a possibilidade de poder voltar a sonhar.